Certo dia um Monge tibetano
passeava nas margens do Rio Bramaputra com seus discípulos e, quando passavam por uma ponte, viram um
escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio,
mergulhou na água e tomou o bichinho na mão.
Quando o trazia para fora, o
bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.
Foi então a margem tomou um
ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio,
colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos. Eles
haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
- Mestre, deve estar doendo
muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um
a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda!
Picou a mão que o salvara!
Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranquilamente
os comentários e respondeu:
- Ele agiu conforme sua
natureza, e eu de acordo com a minha. A natureza do escorpião é picar, e isto
não vai mudar a minha, que é ajudar.
E foi por isso que salvei a
sua vida.
Esta parábola nos faz
refletir a forma de melhor compreender e aceitar as pessoas com que nos
relacionamos. Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro, mas podemos
melhorar nossas próprias reações e atitudes, sabendo que cada um dá o que tem e
o que pode. Devemos fazer a nossa parte com muitovamor e respeito ao próximo.
Cada qual conforme sua natureza, e não conforme a do outro.
O Grande avatar Jesus disse:
“Conhece-se a árvore boa ou má, pelos frutos.” Cada um dá aquilo que têm, não
podemos esperar maçãs, de um limoeiro, assim como o monge não esperou carinho
do escorpião.
Não mude sua natureza se alguém te faz
algum mal; apenas tome precauções.
Alguns perseguem a felicidade, outros a
criam…